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domingo, 24 de julho de 2011

" Vício virtual " (doc.)

Parece que foi ontem que tudo começou. Aos 12, quando chegava do colégio, almoçava, fazia minhas arrumações e passava a tarde toda na internet pesquisando e me divertindo! Naquela época (e que grande época) tudo era limitado, a net aqui de casa ainda era discada e eu ficava horas e horas tentando entrar em MSN e alguns sites de bandas para vê fotos e videoclipes. E ainda tinha o Mirc para contar uma outra parte dessa história.

Hoje tudo é tão fácil, banalizado e gratuito. Tem-se tantas redes sociais e tão pouco conhecimento sobre aquilo que deveríamos realmente dá alto grau de importância; apesar de existir uma grande parte boa em tudo isso: conexões mais avançadas, um mundo inteiro na tela de um monitor para ser aprendido - sem sair de casa - e várias interações.

Podemos falar com um amigo, matar a saudade de um primo que mora longe e ainda levar bronca da mamãe pela janelinha do MSN.

É como se tivéssemos criado um mundo 'software' - se é que eu posso dizer isso - dentro do nosso próprio mundo só para compartilhar momentos e emoções de uma forma tão rápida, que chega a stressar de tantas atualizações.

Só que será que realmente todo esse mundinho - criado por nós - é bom o suficiente para nos preencher?

Em um livro escrito pelo meu caro psicólogo Augusto Cury titulado "NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS", o autor revela o fascínio pela juventude contemporânea que sofre por não ter limitações, sofre por não ter a companhia dos pais e sofre por ser mais só do que acompanhada. Acredita-se que essa falta de limites e companhias deve-se ao fato dos avanços teconológicos nos doar tantos agrados a ponto de não sairmos de casa para mais nada. Se estamos com fome, ligamos e pedimos uma comida. Se as notícias acontecem, não compramos jornais, nós visitamos o jornal online. Se uma música ou um filme são lançados, nós fazemos download. Tudo isso soa de maneira fácil e rápida e produz sentimentos de conquista de forma tão veloz que nos alimenta em tédio e confronto psicológico mais rápidos ainda. Tudo torna-se nada e o nada torna-se insuficiente. O que resulta em: nunca estamos satisfeitos.

A insatisfação racional é desde ontem e não de hoje, mas é o hoje que a tem tornado cada vez mais perversa. Somos mais stressados, mais desestimulados, mais angustiados, mais tristes.

Embora toda a sofisticação tecnológica possa nos oferecer grandes proveitos, não é bom que façamos com que o nosso mundo gire em torno desse mundo criado pelos homens. Ainda mais sabendo que o homem - esse ser que se diz tão racional - é cheio de falhas e pecados a cada segundo.

Moral da história: o vício tecnológico é um dos maiores e mais pegajosos que já pôde existir e a geração de amanhã (geração Y) será tratada de forma diferente pois os pais dessa geração (nós) terão uma visão bem paralela dos seus antepassados. E esse "novo olhar", essa nova forma de criação da humanidade, pode acarretar em um mundo menos forte e mais alienado - imagina isso comigo?.

O jeito é dá uma boa fujidinha de todo esse convívio e aproveitar a paz & o amor que a mãe natureza, que a nossa família e os nossos amigos tem para nos dá. Mesmo que pareçamos mais felizes e inteligentes em frente a telinha de um macintoshing ou pc!

' VIVAMOS de verdade a vida que temos tido... "